terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ativo X Passivo: Quando o jogo vira…

Não há nada tão marcante no mundo gay quanto a dicotomia Ativo X Passivo. Como se não bastassem as gavetas etiquetadas que determinam a identidade sexual, muitos gays ainda encontram em si outras subdivisões que limitam a sua sexualidade em quem come e quem dá na hora da transa.
gaycoupleJá vi inúmeros artigos de sexólogos e psicólogos a respeito deste tema e, praticamente, todos concordam que esta é uma questão herdada da heteronormatividade. É como se os gays projetassem para o seu universo a imagem do casal homem X mulher e, assim, definissem também a sua relação.
O problema, ao meu ver, é quando estas posições passam a determinar não apenas a vida sexual dos gays, mas também a vida amorosa.
Conheço muitos casais gays com posições sexuais bem definidas que terminaram o relacionamento porque, em determinado momento - ou em apenas uma transa - um dos parceiros resolveu inverter as posições. Quando isso acontece, tudo que envolve a relação parece se tornar pequeno diante deste “problemão”. Coisas importantes como o companheirismo, a cumplicidade, os planos futuros, e até mesmo o amor são desprezados e esmagados por este trator chamado sexo que, infelizmente, parece conduzir boa parte das relações homossexuais.
0507É bastante comum ver gays passivos, ou como dizem por aí, as famosas e ortodoxas PAM’s (Passivas Até a Morte), verem o chão abrir aos seus pés quando seus “bofes” resolvem dar. É como se o príncipe virasse sapo de um minuto para o outro, uma catástrofe absurda e impensável. Alguns até têm pesadelo só de pensar em comer o próprio bofe ou querem se matar quando descobrem que o bofe já foi passivo para alguém alguma vez na vida. Parece absurdo, mas não é…Conheço muita gente assim.
Há ainda aqueles que fazem o “esforço” de inverter as posições na hora da transa, mas o final é sempre o mais previsível: o relacionamento acaba e a caça pelo parceiro compatível começa outra vez, num ciclo que parece sem fim.
hot kiss gayÓbvio que cada pessoa tem a sua preferência ou se sente mais confortável em determinada posição, mas será tão difícil ceder alguma vez para dar prazer a alguém que se ama?
Se há sentimentos envolvidos, eu não acho que deveríamos encarar uma possível troca eventual de posições como um bicho de sete cabeças a ponto de abalar as estruturas da relação.
Uma vez me disseram que eu levanto a bandeira da versatilidade por causa desta minha opinião e me disseram isso num tom de reprovação, de discordância, como se o correto fosse existir apenas o ativo e o passivo. Eu sempre achei esse engessamento sexual muito chato e delimitador demais, e que acaba gerando tabus quando o “jogo vira” (e sempre vira, em algum momento). Por isso, continuo achando que este “detalhe” não deveria nunca abalar uma relação madura, pelo contrário, deveria fortalecer, pois ambos estariam se permitindo conhecer ao máximo, mesmo que sempre haja uma tendência para um lado ou outro. Afinal, este é o interessante do relacionamento gay: as várias formas possíveis que a homossexualidade permite de dar e sentir prazer.
muscleman lying

O poder do falso


Nietzsche dizia que a Arte é o poder do falso, a santificação da mentira, a que torna sublime o erro e faz da vontade de enganar o ideal superior. Para o filósofo, o artista enxerga o trágico e, por isso, inventa uma nova possibilidade de vida, reinventa a “verdade”.
Lembrei-me deste assunto das aulas de Filosofia da Escola de Cinema quando um amigo veio me contar sobre sua última desventura amorosa.
Maurício – nome fictício, vocês já sabem – estava saindo com um cara que conheceu pelo Facebook. Era o tipo pop star, com mais de 4 mil amigos adicionados no perfil, centenas de fotos de momentos felizes, e mais uma legião de fãs que comentavam pontualmente qualquer besteira do tipo “vou ali e já volto” que ele postava nas atualizações. Sem falar do álbum batizado de “me, mylself and I” onde ele exibia vários momentos narcisistas entre ele, um espelho e um celular com câmera digital. Maurício, que também fazia parte do fã clube do rapaz, foi contemplado com a sorte de conhecer o ídolo. Marcaram um encontro numa boate, ficaram juntos naquela noite e logo engataram num namoro.
Daí veio o choque de realidade. Ao conhecer a vida do pop star facebookiano de perto, Maurício percebeu que tudo não passava de um grande engodo. As fotos nas praias cariocas, nas boates caras e nas festinhas em apartamentos amplos da zona sul, exibindo roupas de grife em companhia de gente bonita e sarada, estava muito distante da realidade cotidiana do rapaz. Era tudo fake. O pop star morava numa área carente da Baixada Fluminense bem longe daquelas praias, num apartamento humilde com poucos móveis e equipamentos – que ele relutou em apresentar a Maurício por vergonha – e trabalhava como assistente administrativo em uma firma pequena. O salário mal dava para pagar o aluguel e as contas básicas, a geladeira vivia vazia e o cartão de crédito estava estourado por causa das compras em lojas de grifes e baladas, das quais ele não abria mão.
Não demorou muito tempo e Maurício o largou, obviamente. Não pensem que Mauricio é um oportunista interesseiro. Apesar do perfil ostentoso do rapaz no Facebook tê-lo atraído fortemente, Maurício não se importou com o fato de ele ser pobre, mas sim com a falsa realidade que ele criou em torno de si. O pior de tudo, segundo Mauricio, era a visível solidão do rapaz. Aquele milhão de amigos era apenas virtual e nenhum o procurava de verdade , ou seja, a vida real do pop star era completamente diferente do que aparentava. E ele parecia não querer se livrar dessa ilusão, estava completamente preso a ela.
Aí eu retorno para Nietzsche e o poder do falso. Perdoem-me os artistas dionísicos pela comparação um tanto baixa, mas pessoas como o ex-namorado de Mauricio são os grandes inventores da realidade nos dias de hoje. O Facebook se tornou uma tela onde pseudo-artistas desesperados por um momento de fama gastam seu tempo na construção de personagens e cenários totalmente enganosos que, na verdade, servem apenas para encobrir suas tragédias pessoais e suprir suas carências. Ali naquele espaço virtual todos são belos, felizes e vitoriosos. Todos são merecedores de atenção.
Gays, pelo que eu observo, costumam colorir ainda mais os seus quadros. São perfeitos na arte do exibicionismo e da auto-exaltação. Em parte para corresponder às expectativas do meio em que vivem, imbuído de valores fúteis, ligados à aparência, a roupa que se veste, a um belo corpo, ao lugar onde se mora ou para onde se viaja e ao status social. E em parte, talvez, para terem maior aceitação e se sentirem melhor numa sociedade que tanto os segrega e discrimina.
De qualquer forma, depois de construída esta realidade falsa, se torna muito difícil mantê-la externa e internamente. É um suprimento temporário para a felicidade, que deveria ser buscado de outras formas, pois depois que o computador é desligado, o que fica é a vida real e um sentimento ainda maior de vazio e solidão.
Então, o que é melhor: sermos nós mesmos ou uma imagem?

A utopia do macho ideal



“Macho, corpo atlético, ativo e totalmente fora do meio gay.”
Quem acabou de ler isto deve estar imaginando que é um daqueles conhecidos textos que já estamos cansados de ver nas salas de bate-papo e nos perfis de pegação gay. Mas não se trata disto. Esta, na verdade, é exatamente a forma como meu amigo Carlos (nome fictício) classifica o seu modelo de homem ideal para namorar.
Quando eu conheci Carlos, há alguns anos atrás, ele estava passando por uma fase de desilusão amorosa. Estava triste, solitário e vivia se queixando por nunca conseguir encontrar o seu macho ideal. Entretanto, ele não desistia de sua busca e estava sempre tentando se envolver com alguém.
Hoje, aos 45 anos de idade, nada na vida amorosa de Carlos mudou. Ele continua sozinho à espera do seu príncipe encantado: um macho do tipo hétero mandão, fiel e dedicado que virá “desposá-lo” e fazê-lo feliz para sempre. Uma fantasia que ele já alimenta há anos e que acabou se transformando num grande abismo à medida que o tempo foi passando.
Carlos está visivelmente desiludido. Tudo isto por causa desta idealização extrema que afeta boa parte do mundo gay.
Assim como Carlos, existem inúmeros gays que passam a vida inteira sonhando com a chegada do Príncipe-Bofe-Encantado, macho, ativo e fora do meio. É obvio que a figura do príncipe encantado faz parte do imaginário, mas os gays tendem a ser muito mais fundamentalistas dos que os héteros nesta questão.
Isto, certamente, é causado pelo vasto leque de possibilidades que o meio gay oferece. É muito homem disponível para se conhecer. É muito sexo fácil. E quanto maior o número de opções, mais difícil é a escolha, pois tendemos a ser criteriosos demais. E os critérios para definir o macho ideal são os mais variados possíveis, desde os mais sentimentalistas aos mais fúteis e banais, como por exemplo, o status social, a beleza estética e, até mesmo, o tamanho do dote.
Esta idealização do príncipe encantado se torna um entrave nas relações amorosas, pois as pessoas acabam sendo descartadas como meros objetos pelo simples fato de não atenderem a esta ou aquela expectativa. O mais intrigante é que na maioria das vezes são detalhes pequenos que fazem a diferença. Detalhes que não importariam nada se o foco estivesse voltado para coisas mais significativas, como o companheirismo, o caráter, a vontade de se relacionar, o carinho e todos os outros sentimentos mais nobres e consistentes.
A famosa “pinta”, por exemplo, costuma ser um dos pontos mais rejeitados desta eterna busca. Uma boa parte dos gays é unânime ao afirmar que tem preferência por homens másculos, do tipo bofão, que não demonstra nenhum trejeito afeminado e não escorrega nas gírias.
Isso me faz lembrar da seguinte frase que ouvi certa vez: “ Se machos gostam de machos e bibas gostam de machos, então, quem gosta das bibas?”
É lógico que gosto não se discute, mas nesse aspecto há muito mais do que uma simples questão de preferências. Há um calo cultural, preconceituoso e machista que já está enraizado na nossa sociedade e é difícil de remover até mesmo entre os gays.
A maioria das bibas sonhadoras que esperam aquele Príncipe-Bofe-Encantado que vem de fora do meio gay para buscá-las em cima de seu cavalo branco e bem dotado acabam se desapontando. Muitas se envolvem com homens casados ou mal resolvidos que não querem nada além de sexo furtivo ou outro tipo de interesse ($). Ou terão que se contentar com apenas alguns momentos de prazer ou irão sofrer pela falta do amor que o bofe nunca vai dar.
Carlos, por exemplo, me confidenciou em nosso último encontro que frequentemente busca homens “héteros” na internet ou vai a saunas a fim de pagar michês para satisfazer suas necessidades e cobrir o vazio deixado pela falta de um amor. Já que o macho ideal não aparece, Carlos não se importa em alugar um bofe por alguns minutos.
Infelizmente, é o que acontece com muitos. Mas são poucos aqueles que param de se queixar e de culpar os outros pela falta de sorte na vida amorosa para refletir sobre de quem é verdadeiramente a maior parcela de culpa.
Passar a vida esperando o príncipe encantado é perda de tempo. Ainda mais se este príncipe tiver o mesmo perfil do macho ideal de Carlos.
Parafraseando Arnaldo Jabour: o que você procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que você pode achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que você nunca vai encontrar.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Começar, Desistir, Prosseguir e Permanecer...


Começar é de todos
Desistir é dos fracos;
Prosseguir é dos fortes;
permanecer é dos H.E.R.O.I.S !



O que seria desta caminhada se não tivéssemos algo pelo que lutar? O caminho da vida será sempre repleto de surpresas boas e desagradáveis, mas lutar por ideais nos dará energia para sobreviver aos obstáculos e continuar apesar de. Não desista de sonhar! Os sonhos nos levam adiante, fazem com que a vida ganhe sabor e se enriqueça de planos. Sonhe! Não importa se você teve decepções, se você se separou, se você perdeu, se você teve que partir e deixar para trás. Sonhe! Não importa a sua idade, se você está junto ou se está sozinho(a), se você está longe ou perto.Enquanto você usar sua força e energia interior para construir, sua vida terá um sentido.Não se apegue à dor, ao desânimo e à falta de fé, pois este apego é como erva daninha que mata e suga a esperança, suporte para a realização de nossas crenças e ideais.Não desista de sonhar! Almeje alcançar o possível, aquilo que o fará mais realizado e auto-confiante. É um direito seu arriscar e tentar conseguir, mas não se iluda com uma ausência de obstáculos. Isto não faz parte do caminho. Sonhe, pois você vive e sua missão não acabou. Não desista de sonhar, não desista de viver! Lembre-se que, se você sonhar, poderá abrir estradas e sorrir para um novo dia, mas se alimentar fantasias, mais cedo ou mais tarde irá sofrer e fechará sua janela. Não desista de ter sonhos. Desista, sim, de alimentar fantasias e vá atrás de uma vida melhor.

Hoje!






Hoje me dei conta de que as
pessoas vivem a esperar por algo
E quando surge uma oportunidade
Se dizem confusas e despreparadas
Sentem que não merecem
Que o tempo certo ainda não chegou
E a vida passa
E os momentos se acumulam
como papéis sobre uma mesa
Estamos nos preparando para qualquer coisa
Mas ainda não aprendemos a viver
A arriscar por aquilo que queremos
A sentir aquilo que sonhamos
E assim adiamos nossas
vidas por tempo indeterminado
Até que a vida se encarregue
de decidir por nós mesmos
E percebemos o quanto perdemos
E o tanto que poderíamos ter evitado
Como somos tolos em nossos
pensamentos limitados
Em nossas emoções contidas
Em nossas ações determinadas
O ser humano se prende em si mesmo
Por medo e desconfiança
Vive como coisa
Num mundo de coisas
O tempo esperado é o agora
Sua consciência lhe direciona
Seus sentidos lhe alertam
E suas emoções não
mais são desprezadas.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ainda é tarde para perdoar?



Sei que o que houve entre nós dois, foi passageiro, ou ate mesmo eu tenha sido precoce de mais. Mais eu quero que saiba que o que senti por você, é e continua sento verdadeiro, um dia, uma noite, ou até mesmo algumas horas, são capazes de transformar os sentimentos de uma pessoa, passamos poucos tempos juntos, na verdade algumas horas, mas o que senti por você, há muito tempo não sinto por ninguém. Queria encontrar uma explicação para isso, o que esta acontecendo comigo? Nem eu mesmo sei, mais sei que e um sentimento bom e verdadeiro, claro que devemos nos conhecer melhor, mais se não me dar oportunidade para isso, nunca conseguirei descifrar seus sentimentos, fica tranquilo não vou falar seu nome, ou ate mesmo cometer o erro de postar isso diretamente a você, sabe de quem falo, se você realmente pensa em mim, sabe de quem estou a falar, sei que ontem fui duro com você. Não deveria te cobrar nada, estamos apenas nos conhecendo, mais minha cabeça estava a mil... O porque? Eu não sei, até possa imaginar o que seja mais não conseguirei entender sozinho, o texto que você pediu que eu lesse, eu li. Me esclareceu algumas coisas, mais não vai ser Shakespeare, com suas lindas mensagens que vai dizer como devo fazer, ou como irei fazer, estou tentando seguir meu coração, não e nada fácil, sentir que esta amando alguém, e a pessoa por muitos os motivos pessoais, as vezes não encontra tempo para mim... Não te culpo por nada, talvez eu ainda seja uma criança em apuros comedo do que possa acontecer comigo, talvez eu seja mais um dos últimos românticos, em pensamentos, corpo e alma. Você é a pessoa que eu quero, mais não conseguirei ter sem ao menos lutar, talvez eu não seja forte o bastante para isso, talvez eu mate meus sentimentos dentro de mim comedo de errar e não ter forças para seguir em frente, eu sei que você me acha uma pessoa bonita por dentro, eu também sei que você é, todos somos, independente de qual quer pessoa todas possui um sentimento dentro de sí, acho que meu erro e ser sincero de mais com as pessoas, muitos acham isso uma qualidade, eu ja nem sei mais o que pensar sobre esse sentimento que é a "sinceridade". Lembro que em nossa conversa de ontem, você falou que poderíamos ser amigos, eu respondi: É... Quem sabe! Na verdade eu quero ser seu amigo, sei que é assim que conhecemos melhor as pessoas e sabemos conviver com elas, mais eu tenho medo porque o que senti e sinto por você é muito forte, e com essa amizade possa ser que eu sofra ainda mais sozinho. Ontem chorei bastante, muitas coisas passava-se por minha cabeça, talvez eu fosse o culpado por esta assim, só quero que me entenda, e que me perdoe por ser criança, e não saber amar como adulto. Pois criança ama tudo e a todos, adultos ama família, amigos, namorados(as), dentre outras coisas. Muitas pessoas falam que sou bastante adulto, mais não reconhecem a criança que a dentro de mim... Por isso te pergunto... Ainda é tarde para perdoar?

Te quero... "K.K"

...s2...



Ás vezes erramos sem saber, às vezes falamos coisas sem pensar, dizemos coisas sem querer, agimos de forma inesperada muitas vezes por impulso, deixamos nos levar por coisas bestas sem sentido, e esquecemos que podemos magoar as pessoas que mais amamos nesse mundo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um dia você aprende… – Willian Shakespeare





Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a pedoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.
Willian Shakespeare